25 de abril de 2007

Logica utens, logica docens


Estava estudando a matéria de Lógica, sobre provas informais, quando me deparei com o seguinte trecho que me fez rir um bocado:

"Raciocinar por casos é extremamente útil em argumentos do dia a dia. Por exemplo, um dos autores deste livro (vamos chamá-lo de J) e sua esposa um dia desses perceberam que a cartela de estacionamento (área azul) que tinham deixado no carro estava expirada fazia várias horas. J argumentou da seguinte forma para defender a posição de que eles não precisavam se apressar para voltar ao carro (os lógicos cotumam argumentar assim, não se case com um [ou uma]):

PROVA: No presente momento, ou já fomos multados ou não fomos. Se já recebemos uma multa, não receberemos outra durante o tempo que levará para chegarmos no carro, então, neste caso não há razão para nos apressarmos. Por outro lado, se mesmo com a cartela expirada há várias horas ainda não recebemos uma multa, é extremamente improvável que receberemos uma nos próximos minutos. Então nesse caso também não há razão para nos apressarmos. Em qualquer um dos casos, não há razão para pressa em voltar ao carro.

A esposa de J respondeu com o seguinte contra-argumento (mostrando que muitos anos de casamento com um lógico tem lá seu impacto):

PROVA: Ou nós vamos receber uma multa nos próximos minutos ou não vamos. Se vamos, então podemos evitá-la apressando-nos em voltar ao carro, o que seria uma boa coisa. Se não vamos receber uma multa nos próximos minutos, apressarmo-nos em voltar ao carro seria um bom exercício e também demonstraria nosso respeito à lei; e ambas estas coisas são boas. Então, em qualquer evento, apressarmo-nos em voltar ao carro é uma boa coisa a ser feita.

A esposa de J ganhou a discussão!!"


----- Que autor mais besta! :D


E essas aconteceram na faculdade:

(aula de Estética)
Professora (fazendo a chamada) - "...Daniel?"
Alguém - "ele não está"
Professora - "mas quem é Daniel, hein?"
Alguém - "é aquele cara alto, monitor de lógica..."
Professora - "aaah, sei, um rapaz. Sei, sei... um rapaz, sei."
Paulo - "Quantas sub-provas ela teve que fazer pra chegar a essa conclusão??"
Eu - "kkkkkkkkkkkk!!!"


(no departamento)
- ô Patrick, lembrei de você duas vezes ontem! Uma lembrança substitucional e outra objetual.
- Oh, não!
- A substitucional foi que a minha mãe fez peixe, daí peixe-> mar; mar -> praia; praia -> Redinha; Redinha -> Patrick. E a objetual é que ela, por algum motivo estranho que não estou reclamando, comprou arroz do Bob Esponja. Bom Esponja -> Patrick! Sacou, sacou?
- Ah, pára... estou ficando com medo!


...estou ficando tão nerd!!

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